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O Brasil tem mais de 630 mil médicos e menos de 10% prescrevem Cannabis. Por quê?

O Brasil tem mais de 630 mil médicos, mas apenas cerca de 41 mil estão aptos a prescrever Cannabis medicinal, menos de 10% do total.

Enquanto isso, a demanda cresce rapidamente: mais de 672 mil pacientes já utilizam tratamentos com Cannabis, e o setor movimentou R$ 853 milhões em 2024, com alta de 22% em relação ao ano anterior.

A conta não fecha: faltam médicos preparados para atender esse mercado em expansão.

Quem não se atualizar, corre o risco de ficar para trás em uma das áreas mais promissoras da medicina.

Quer entender melhor esse cenário, os motivos dessa defasagem e o que pode ser feito? Continue a leitura.

A contradição entre a demanda crescente e a baixa adesão médica
A lacuna entre a quantidade de pacientes que utilizam Cannabis medicinal e o número de médicos que a prescrevem é uma das mais marcantes do atual cenário da saúde brasileira. Com mais de 672 mil pacientes em tratamento e um mercado que já fatura quase R$ 1 bilhão por ano, esperava-se uma presença médica mais expressiva. No entanto, cerca de 41 mil prescritores representam menos de 10% do total de médicos ativos no país.

Esse descompasso ocorre mesmo diante do crescimento do interesse público e da aceitação da Cannabis como terapia complementar para dores crônicas, epilepsias refratárias, distúrbios de ansiedade, entre outras condições.

Em muitos casos, os pacientes acabam recorrendo à judicialização para garantir acesso aos medicamentos, ou precisam importar produtos por vias reguladas, mas custosas. Os dados são claros: entre 2020 e 2024, os pedidos de importação de produtos à base de Cannabis cresceram mais de 76%, segundo dados da Anvisa. A ausência de médicos qualificados para orientar esses pacientes apropriadamente gera um vácuo assistencial perigoso.

O principal obstáculo: a formação médica defasada
Um dos fatores centrais que explicam esse baixo índice de prescritores é a formação médica tradicional, que simplesmente ignora o sistema endocanabinoide (https://thronusmedical.com/sistema-endocanabinoide-o-equilibrio-do-nosso-corpo/) estrutura biológica essencial para entender o funcionamento da Cannabis no corpo humano. A grande maioria das universidades não inclui conteúdos sobre Cannabis medicinal nem mesmo de forma introdutória. O resultado disso é um corpo clínico que, em sua maioria, nunca foi exposto a dados atualizados, revisões sistemáticas ou protocolos de uso da planta.

Somente nos últimos anos surgiram cursos de extensão, pós-graduação e certificações que buscam preencher essa lacuna. Médicos interessados precisam buscar essa formação por conta própria, muitas vezes enfrentando resistência institucional ou falta de apoio em seus ambientes de trabalho. Como consequência, muitos optam por não prescrever por pura falta de conhecimento ou receio de represálias éticas e jurídicas.

Essa insegurança é legítima, já que, segundo um estudo publicado na Journal of Cannabis Research, médicos que passaram por treinamentos específicos têm 5 vezes mais chances de prescrever Cannabis de forma segura e consciente. Ou seja, a falta de formação continuada está diretamente ligada à baixa adesão clínica.

Entraves regulatórios e o estigma persistente
Outro fator que contribui para a baixa prescrição médica de Cannabis é que muitos médicos enfrentam barreiras burocráticas. Apesar de a RDC 327/2019 da Anvisa ter estabelecido um marco regulatório para produtos à base de Cannabis no Brasil, ainda há muita confusão e insegurança jurídica. Em 2022, por exemplo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução 2.324, que restringia drasticamente as possibilidades de prescrição, limitando o uso ao tratamento de epilepsia refratária em crianças e adolescentes. Após intensa pressão da comunidade médica e científica, a resolução foi suspensa, mas deixou sequelas: muitos médicos ainda temem represálias de conselhos de ética ou questionamentos legais.

Por fim, o estigma cultural também pesa. Muitos profissionais ainda associam Cannabis à maconha recreativa, ignorando o seu potencial terapêutico validado por estudos e experiências clínicas em países como Canadá, Israel e EUA. Esse preconceito se estende também aos pacientes, que muitas vezes evitam mencionar o interesse pela terapia com medo de julgamento. Isso precisa mudar. A ciência já avançou, e a sociedade caminha no mesmo ritmo; falta o corpo clínico acompanhar.

Caminhos para virar o jogo: como ampliar o acesso e a capacitação médica
Se o Brasil quer reduzir a defasagem entre a demanda por Cannabis medicinal e o número de médicos prescritores, é preciso agir em várias frentes, de forma coordenada. A boa notícia é que os caminhos são claros e viáveis. A seguir, reunimos as principais medidas que podem destravar esse cenário:

1. Reformar o ensino médico no Brasil
A inclusão do sistema endocanabinoide, da farmacologia da Cannabis e das evidências clínicas mais recentes no currículo obrigatório dos cursos de Medicina é um passo essencial. Sem isso, forma-se uma geração de médicos despreparada para lidar com uma das terapias mais eficientes da atualidade.

2. Estimular a educação médica continuada
Enquanto a formação universitária não evolui, o ensino complementar precisa ser ampliado. Cursos livres, pós-graduações e capacitações específicas devem ser incentivados por conselhos regionais, hospitais, sociedades médicas e até mesmo por empresas do setor. Um modelo híbrido — com ensino online, trilhas práticas e acesso a casos clínicos reais — pode acelerar a formação de prescritores com segurança.

3. Desburocratizar o acesso e alinhar a regulação
A atual regulamentação é, em muitos aspectos, confusa, restritiva e desalinhada entre Anvisa e CFM. Unificar critérios, simplificar processos de prescrição e permitir a produção nacional com rastreabilidade e qualidade farmacêutica pode democratizar o acesso. A consulta pública da Anvisa sobre produtos fitoterápicos derivados de Cannabis, aberta em 2024, é uma oportunidade de ouro para corrigir distorções e ampliar a autonomia médica.

4. Romper o estigma com informação e evidência
É hora de trocar a narrativa baseada no preconceito por uma conversa guiada pela ciência. Isso começa com médicos que falam abertamente sobre os benefícios e limitações da terapia, com eventos acadêmicos que tratam o tema com seriedade, e com veículos especializados que desmistificam mitos. A participação de conselhos profissionais e sociedades médicas nesse processo é essencial para legitimar o debate.

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Ao participar, o profissional terá acesso a uma formação exclusiva e atualizada, além de integrar uma rede nacional de médicos que estão liderando a transformação da medicina no Brasil.
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Nos vemos em São Paulo!