Enfrentar o câncer de mama é uma jornada repleta de desafios, e encontrar maneiras de aliviar os efeitos colaterais do tratamento é fundamental. A Cannabis medicinal tem se mostrado uma aliada poderosa, oferecendo alívio e conforto para aqueles que passam por esse processo.
Desde a redução da dor até o alívio de náuseas e fadiga, a planta pode ser uma ferramenta valiosa no gerenciamento dos sintomas. Se você está buscando mais informações sobre como essa terapia pode suavizar sua jornada, não deixe de conferir nosso blog para detalhes e orientações.
O que é o Câncer de Mama?
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo todo, sendo responsável por milhares de novos casos a cada ano. Embora também possa afetar homens, a doença é significativamente mais prevalente no sexo feminino. Graças aos avanços na detecção precoce e nos tratamentos, a taxa de sobrevivência tem aumentado, mas a conscientização e o diagnóstico precoce continuam a ser fundamentais para salvar vidas.
O câncer de mama é o resultado do crescimento descontrolado de células anormais no tecido mamário. Essas células podem formar tumores, que podem ser benignos (não cancerosos) ou malignos (cancerosos). Quando o tumor é maligno, ele pode invadir os tecidos circundantes e, em estágios mais avançados, pode se espalhar (metástase) para outras partes do corpo, como ossos, fígado e pulmões.
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de mama, alguns dos quais não podem ser controlados, enquanto outros estão relacionados ao estilo de vida. Entre os fatores de risco incluem-se:
- Idade:
O risco aumenta com o envelhecimento.
- Histórico familiar:
Ter parentes próximos (mãe, irmã, filha) com câncer de mama aumenta o risco.
- Mutação genética:
Mutações em genes como BRCA1 e BRCA2 aumentam significativamente o risco.
- Histórico pessoal de câncer de mama:
Quem já teve câncer de mama tem maior chance de desenvolver a doença novamente.
- Estilo de vida:
O consumo de álcool, obesidade e sedentarismo também estão ligados ao maior risco.
Sintomas
O câncer de mama pode ser assintomático em seus estágios iniciais, mas alguns sinais de alerta podem incluir:
- Nódulo ou espessamento na mama ou axila:
Um dos sinais mais comuns é o aparecimento de um nódulo ou massa palpável.
- Mudanças no tamanho ou formato da mama:
A mama pode parecer maior, inchada ou com uma forma diferente.
- Alterações na pele da mama:
Pode ocorrer vermelhidão, textura semelhante à casca de laranja ou sensibilidade.
- Secreção anormal no mamilo:
Líquido, especialmente com sangue, pode ser um sinal de alerta.
- Inversão ou mudanças no mamilo:
O mamilo pode ficar invertido ou apresentar descamação.
Diagnóstico
A detecção precoce do câncer de mama é essencial para melhorar as chances de tratamento bem-sucedido. As principais formas de diagnóstico incluem:
- Autoexame de mama: O autoexame regular permite que a mulher conheça seu corpo e identifique alterações. No entanto, ele não substitui a avaliação médica.
- Mamografia: Exame de imagem que utiliza raios-X para detectar anomalias na mama, sendo a principal ferramenta de triagem para mulheres acima de 40 anos.
- Ultrassonografia e ressonância magnética: Podem ser usados para avaliar nódulos ou alterações detectadas em outros exames.
- Biópsia: Se houver suspeita de câncer, uma amostra do tecido será retirada para análise laboratorial e confirmação do diagnóstico.
Tratamento
O tratamento do câncer de mama varia conforme o tipo, estágio da doença, idade e saúde geral da paciente. As opções incluem:
Cirurgia: Pode envolver a remoção do tumor (lumpectomia) ou da mama inteira (mastectomia).
Radioterapia: Utiliza radiação para destruir células cancerígenas e prevenir a recorrência.
Quimioterapia: Tratamento sistêmico que utiliza medicamentos para matar células cancerosas em todo o corpo.
Terapia hormonal: Indicada para tumores que crescem em resposta a hormônios como estrogênio ou progesterona.
Terapias-alvo: Tratamentos que atacam diretamente características específicas das células cancerosas, como a presença de proteínas HER2.
Prevenção
Embora muitos casos de câncer de mama sejam inevitáveis, adotar um estilo de vida saudável pode reduzir o risco. Isso inclui manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas e evitar o consumo excessivo de álcool . Além disso, a realização regular de exames de rastreamento, como mamografias, é fundamental para a detecção precoce, que aumenta significativamente as chances de cura.
Potencial terapêutico da Cannabis no tratamento do Câncer de Mama
Apesar dos avanços nos tratamentos tradicionais, como a quimioterapia e a radioterapia, muitos pacientes ainda sofrem com os efeitos colaterais severos dessas terapias.
Nos últimos anos, a Cannabis medicinal tem sido utilizada como terapia complementar para o tratamento de câncer, incluindo o de mama. Diversos estudos indicam que os canabinoides, substâncias presentes na planta da Cannabis, possuem propriedades que podem ajudar não apenas a aliviar os sintomas associados ao tratamento, mas também a combater o crescimento tumoral.
O sistema endocanabinoide desempenha um papel vital na regulação de funções biológicas como inflamação, dor e resposta imune, e é por meio desse sistema que os canabinoides exercem suas funções terapêuticas. Compostos como o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD) interagem com receptores presentes nas células, como CB1 e CB2, para regular a atividade celular.
Em estudos pré-clínicos, foi observado que essas substâncias inibem a proliferação de células cancerígenas e promovem a apoptose, ou morte celular programada, uma função essencial no combate ao câncer.
Pesquisas conduzidas por Caffarel et al. (2012) apontaram que o THC introduz a morte celular em linhagens de câncer de mama, especificamente aquelas que expressam o receptor CB2. Já o CBD demonstrou potencial como agente anticancerígeno em diferentes tipos de câncer de mama, inclusive nas formas mais agressivas, como o câncer triplo-negativo. O estudo publicado no Journal of Breast Cancer Research mostrou que o CBD reduz a capacidade das células tumorais de migrar e invadir outros tecidos, uma característica chave no controle da metástase.
Além de seu potencial direto no tratamento do câncer, a Cannabis medicinal também é amplamente reconhecida por seus efeitos paliativos. Pacientes com câncer de mama frequentemente sofrem com dores intensas, náuseas e perda de apetite, principalmente durante o tratamento com quimioterapia. Vários estudos, incluindo uma revisão de The Journal of Supportive Care in Cancer (2019), sugerem que os canabinoides são eficazes no manejo desses sintomas. O THC, por exemplo, é conhecido por suas propriedades analgésicas e antieméticas, sendo capaz de reduzir náuseas e vômitos, enquanto o CBD ajuda a controlar a dor e a inflamação, promovendo maior bem-estar.
A interação dos canabinoides com as células cancerígenas é complexa e multifacetada. O THC se liga principalmente aos receptores CB1, que estão relacionados à percepção de dor e inflamação, e aos receptores CB2, mais presentes nas células do sistema imunológico e tumores. Já o CBD, apesar de ter baixa afinidade por esses receptores, modula outras vias biológicas, como a ativação de receptores de vaniloides e serotonina, contribuindo para a redução da inflamação e proliferação celular.
Outro mecanismo de destaque é a inibição da angiogênese, o processo de formação de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor. Ao reduzir essa formação, o crescimento do tumor é prejudicado, diminuindo sua capacidade de se expandir para outras regiões do corpo. Esse processo foi observado em estudos como o de Blázquez et al. (2013), que demonstraram que tanto o THC quanto o CBD podem interromper a formação de novos vasos sanguíneos em células de câncer de mama.
Linha Bisaliv
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