Fadiga crônica é sintoma de endometriose

O mês de março marca a campanha do Março Amarelo, que visa a conscientização sobre a endometriose e busca aumentar o conhecimento da população sobre a doença.

 

Muitas vezes, sintomas como a fadiga crônica são erroneamente interpretados como “preguiça”, quando na realidade podem ser indicativos dessa complexa e dolorosa doença. 

 

A campanha busca romper com estigmas e promover o entendimento sobre a endometriose, encorajando as mulheres a compartilharem suas experiências e a procurarem ajuda médica.

 

 A fadiga persistente não deve ser ignorada, e ao reconhecer sua possível associação com a endometriose, podemos avançar na busca por diagnóstico precoce e tratamento adequado.

 

No blog de hoje, vamos falar sobre a endometriose e seus principais sintomas. Continue a leitura!

 

O que é endometriose?

A endometriose é uma proliferação de células internas fora do útero. As células deslocadas continuam a responder às alterações hormonais e a comportar-se como se estivessem dentro do útero; porém, sem saída fácil, causam crescimento e aderências. Isso pode ser extremamente doloroso. Crescimentos e aderências podem se espalhar por toda a cavidade pélvica e formar ligações nos ovários, intestinos ou qualquer outro tecido circundante. 

 

As causas exatas da endometriose permanecem indefinidas. Os médicos levantam a hipótese de que a causa da endometriose pode estar na exposição a toxinas ambientais (ou seja, dioxinas) ou no sangue menstrual contendo células endometriais que retornam através das trompas de Falópio para a cavidade pélvica. 

 

Este processo é chamado de menstruação retrógrada. Os tratamentos ortodoxos incluem controle da dor, suplementação hormonal e cirurgia. 

 

Sintomas

A endometriose pode causar uma variedade de sintomas, que podem variar de leves a graves. Entre eles, podemos citar: 

 

  • Dor abdominal inferior crônica,
  • Relações sexuais dolorosas,
  • Dismenorreia (por exemplo, manchas, sangramento intenso, cólicas), 
  • Dor ao urinar,
  • Dor ao evacuar, 
  • Aumento da dor ao movimento ou pressão,
  • Infertilidade.

 

Diagnóstico

O diagnóstico da endometriose geralmente envolve uma abordagem abrangente que inclui a análise dos sintomas da paciente, exames clínicos, exames de imagem e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos. Aqui estão os principais métodos utilizados para diagnosticar a endometriose:

 

  • História clínica e exame físico

O médico inicia o processo de diagnóstico coletando informações detalhadas sobre os sintomas da paciente, histórico médico, ciclo menstrual e quaisquer fatores que possam sugerir a presença de endometriose. Um exame pélvico pode ser realizado para identificar áreas de sensibilidade, nódulos ou outras irregularidades.

 

  • Exames de imagem

Uma ultrassonografia pélvica pode ser realizada para identificar possíveis cistos endometrióticos nos ovários, mas é limitada na detecção de lesões mais profundas.

A ressonância magnética pode fornecer imagens mais detalhadas das estruturas pélvicas, ajudando na identificação de lesões mais profundas e extensas.

 

  • Laparoscopia

A laparoscopia é frequentemente considerada o método mais definitivo para diagnosticar a endometriose. É um procedimento cirúrgico no qual um pequeno tubo com uma câmera é inserido na cavidade abdominal através de pequenas incisões.

Durante a laparoscopia, o cirurgião pode visualizar diretamente as lesões, tirar biópsias para confirmação histológica e, se necessário, realizar procedimentos terapêuticos, como a remoção de tecido endometrial ectópico.

 

É importante notar que o diagnóstico da endometriose pode ser desafiador, e o processo pode levar tempo. A colaboração entre a paciente e seu médico é crucial para entender completamente os sintomas, realizar os exames apropriados e determinar o melhor plano de tratamento com base no diagnóstico. Se houver suspeita de endometriose, é recomendável consultar um ginecologista ou especialista em saúde da mulher para avaliação e orientação adequadas.

 

Tratamento 

O tratamento da endometriose pode variar dependendo da gravidade dos sintomas, do desejo de ter filhos e de outros fatores individuais da paciente. 

 

As abordagens podem variar entre medicamentos, cirurgia, terapia física e alternativa, estilo de vida e dieta.

 

É fundamental que o plano de tratamento seja personalizado para atender às necessidades individuais da paciente. O manejo da endometriose muitas vezes envolve uma abordagem multidisciplinar, com a colaboração entre ginecologistas, cirurgiões, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde. A escolha do tratamento dependerá da extensão da doença, dos sintomas apresentados e dos objetivos da paciente em termos de fertilidade e qualidade de vida. O acompanhamento médico regular é crucial para monitorar a eficácia do tratamento e ajustá-lo conforme necessário.

 

Fadiga crônica é sintoma de endometriose

A fadiga crônica é um sintoma frequentemente subestimado e mal compreendido, especialmente quando se trata de condições como a endometriose. Muitas mulheres, por vezes, são injustamente rotuladas como “preguiçosas” quando, na realidade, estão enfrentando um desafio invisível e debilitante.

 

A fadiga crônica é uma componente significativa e, muitas vezes, desconsiderada dessa condição. Mulheres que lidam com endometriose podem sentir um cansaço persistente que vai além do que seria considerado “normal” ou relacionado ao ciclo menstrual.

 

É essencial compreender que a fadiga não é sinônimo de preguiça. A endometriose pode causar um impacto profundo na energia física e emocional das mulheres afetadas. A constante luta contra a dor, juntamente com as alterações hormonais associadas à endometriose, pode resultar em uma fadiga que não pode ser simplesmente superada com mais descanso.

 

Ao aumentar a conscientização sobre a relação entre fadiga crônica e endometriose, esperamos desafiar estereótipos prejudiciais. As mulheres que enfrentam essa condição merecem apoio e compreensão, em vez de julgamento injusto.

 

A busca por diagnóstico e tratamento adequados é crucial para melhorar a qualidade de vida das mulheres com endometriose e ajudar a dissipar a noção equivocada de que a fadiga é simplesmente uma questão de preguiça.

 

Cannabis medicinal no tratamento de endometriose 

As opções atuais de tratamento para a endometriose muitas vezes afetam a fertilidade e/ou têm efeitos colaterais indesejáveis ​​que impedem o tratamento a longo prazo. Os produtos à base de Cannabis têm sido sugeridos como uma nova opção terapêutica que pode contornar estes problemas, devido aos seus potenciais efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. 

 

A endometriose é conhecida por causar dor crônica, inflamação e desconforto, e alguns pacientes buscam alternativas para o manejo da dor quando as abordagens convencionais não são totalmente eficazes ou têm efeitos colaterais indesejados.

 

Alguns pontos a serem considerados:

 

  • Alívio da dor

O THC e o CBD  têm propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, o que pode ajudar a aliviar a dor associada à endometriose.

 

  • Influência no sistema endocanabinoide

O corpo humano possui um sistema endocanabinoide, que regula funções como dor, inflamação e resposta imunológica. Os compostos da Cannabis interagem com esse sistema, podendo influenciar processos fisiológicos.

 

Linha Bisaliv

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